mobile learning
educação em movimento
educação à distância com dispositivos móveis

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terça-feira, 18 de setembro de 2007

Porque a educação a distância móvel não decola? Seria falta de padrões?

Por que ainda hoje é difícil encontrar empresas que comercializem serviços em educação móvel? Com certeza muitos de nós já sentimos a necessidade de termos a disposição algum dispositivo que nos desse a possibilidade de estudarmos naqueles momentos onde estamos sem nada para fazer.

Apesar de algumas tentativas, as propostas a educação mobile ainda estão esperando por uma padronização, dos meios de acesso a informação. Hoje isso tem se tornado mais fácil graças aos aparelhos que possibilitam para qualquer pessoa, navegação na Web, usando todos os recursos disponíveis em um website. Já pensou acessar um ambiente de EaD diretamente do seu celular?

Voltando ao assunto, a educação móvel agora pode encontrar nas novas interfaces móveis um novo mercado. Agora teremos que nos adaptar a essa realidade. Por quê? A diversidade de aparelhos móveis que acessam a web tem tornado o processo de construção desses conteúdos muitas vezes impraticável. A manutenção de múltiplos endereços tem causado redundancia de dados, inconsistencia e principalmente dificuldade de manutenção.

Os trabalhos para uma padronização tem caminhado para uma solução de desenvolvimento de portais capaz de adaptar conteúdos web à maior parte dos dispositivos – desktops, PDAs e telefones celulares - a partir de uma única URL.

Nesse sentido a própria W3C tem recomendado a criação da visão de uma única Web onde:

1. São definidos um conjunto de melhores práticas que quando seguidas por autores e desenvolvedores são capazes de tornar os conteúdos acessíveis para usuários de dispositivos fixos e móveis.
2. Fazer tudo o que for possível para que a mesma informação e serviço sejam disponibilizadas para os usuários independente do dispositivo que ele esteja utilizando.

As regras encontram-se organizadas dentro dos seguintes tópicos:
  • Regras para escolha de conteúdo;
  • Regras para aproveitamento de espaço;
  • Regras para codificação;
  • Regras para o design de leiautes;
  • Regras para o uso de textos, fontes e cores;
  • Regras para o uso de tabelas; e
  • Regras para o uso de imagens.

Então mesmo que hoje ainda não seja uma realidade, com a convergência dos aparelhos de comunicação, talvez em pouco tempo, quem trabalhe com educação a distância precise adotar padrões ou se adaptar as novas tecnologias e ambientes.

Fontes: http://www.colaborativo.org/blog/2007/08/15/porque-a-educacao-a-distancia-movel-nao-decolou/

Regras práticas para apresentação de páginas web em dispositivos fixos e móveis. Maria Luisa Lopes de Faria

Expansão dos portais de e-learning

Portais de e-learning apresentam usabilidade cada dia mais bem elaborada e funcionalidades mais robustas. Permitir, no entanto, acesso de todas estas através destes dispositivos móveis não é a melhor solução. Vavoula, Sharples & Taylor (2006) propõem um conjunto de perguntas às quais o mobile learning deve ser testado, entre estas se tem a validação da utilidade da mesma para usuários móveis.

Ao permitir uma visão das inúmeras funcionalidades, o sistema precisaria de espaço em tela para tal. Cada funcionalidade exige recursos diferenciados para visualização e cabe ao pesquisador identificar quais conteúdos são relevantes e como podem ser encaixados no ambiente móvel.

Para transportar uma tela grande diretamente para um dispositivo pequeno é preciso dividir esta tela em algumas outras para viabilizar apresentação de todo seu conteúdo. Esta atividade pode fazer com que o sistema tenha uma difícil memorização por não permitir ao usuário ter uma ampla visão de suas ações, ou seja, lembrar tudo que foi feito nas telas anteriores a que ele se encontra e o que ainda esta para ser feito. Este deve, portanto, ser mais um cuidado na concepção da mobilidade, a minimização da navegação entre as telas, deixando o usuário rapidamente no local onde o mesmo deseja estar.

Permitir ao usuário o acesso móvel a um portal educacional é bastante interessante. Deve-se, no entanto, avaliar as barreiras que serão encontradas, pois enfrentá-las pode tornar-se um trabalho bastante dispendioso para algumas partes do sistema. É necessário, portanto, escolher somente aquelas funcionalidades que se fazem úteis ao usuário do m-learning, ou seja, as funções irão agregar valor ao usuário quando acessando do dispositivo móvel em relação ao portal convencional.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Tecnologia móvel e a usabilidade

A usabilidade estuda a forma com que softwares interagem com seus usuários buscando melhorar cada vez mais esta relação. Dentre suas diversas características, visa facilitar o aprendizado, a navegabilidade e a memorização do sistema pelo usuário, além da diminuição da ocorrência de erros.
Como o próprio nome diz, tecnologia móvel é necessariamente algo portável capaz de ser levado a qualquer lugar, ou ainda, capaz de ser utilizado em movimento. Esta tecnologia pode estar nos dispositivos móveis propriamente como celulares, computadores portáteis ou tocadores de áudio/vídeo, ou embutida em objetos fixos como terminais de acesso em movimento (Vavoula, Sharples & Taylor, 2006). Esta característica exige uma usabilidade rigidamente trabalhada e diferenciada. Neste trabalho, o foco será na usabilidade de dispositivos de tamanho reduzido uma vez que estes apresentam características como baixos custos e grande alcance que viabilizam seu uso em países em desenvolvimento como o Brasil. Barker, Krull & Mallinson (2005) afirmam que o uso de tecnologias sem fio é normalmente mais barato que computadores convencionais, em especial celulares ou PDAs.
Em pequenos aparelhos é essencial o cuidado com o conteúdo a ser apresentado. Existem serviços que precisam ser adaptados para suportar as limitações de certos dispositivos, outros serviços são impossíveis de transferência, mas novos serviços também surgem com a mobilidade (Trifonova & Ronchetti, 2004). Isto se deve ao fato de que as telas destes são limitadas em questão de tamanho e o seu hardware em processamento. Atualmente, o usuário de sistemas de educação à distância é exigente e não deixaria de ser ao buscar o aprendizado também no celular ou através de um outro dispositivo. A ubiqüidade por si só não é capaz de levar o aluno/professor a se habituar a usar uma nova forma de acesso, independente de quão ubíqua esta seja.
Referências:* Barker A.; Krull G.; Mallinson B. A Proposed Theoretical Model for M-Learning Adoption in Developing Countries. mLearn, 2005.* Sharples, M.; Taylor, J.; Vavoula, G. A Theory of Learning for the Mobile Age (pre-print). 2006.* Trifonova, A.; Ronchetti, M. A general architecture to support mobility in learning. International Conference on Advanced Learning Technologies (ICALT’04), 2004.